Na nossa escola, esse dia foi marcado pelo visionamento de uma história - A menina gigante - e por um debate alargado às três turmas, ao que se seguiram alguns trabalhos alusivos ao tema.
Pretendeu-se, não só sensibilizar as crianças para a descriminação de que essas pessoas são vítimas, como também alertá-las para as inúmeras situações do quotidiano em que a não aceitação de qualquer tipo de diferença se possa manifestar.
A história da "menina gigante" retrata com perfeição essa problemática, sobre a qual nos compete levar as nossas crianças a reflectirem e, desta forma, proceder a uma mudança de mentalidades, assente numa Educação pela Igualdade.
De seguida apresentam-se o início da história da Ana Grande e alguns dos trabalhos realizados:
Ana Grande era uma menina que talvez tivesse a tua idade. Que ia à escola, como tu, que brincava no recreio quando chegava a hora, que fazia os trabalhos de casa sem muita vontade, que gostava de ver televisão e que nunca ia tomar banho sem antes inventar mil e uma desculpas para não o fazer. Que gostava de vestidos com flores e de fazer compras no centro comercial. Que fazia birras na hora de comer a sopa. Que protestava, de manhã, quando, no Inverno, tinha que sair da sua cama quentinha para ir para a escola.
Ana Grande, porém, era um bocadinho maior do que tu. Era mesmo muito maior do que tu, do tamanho, mais ou menos, de uma pessoa crescida, embora o seu rosto e os seus modos fossem exactamente iguais aos dos meninos e meninas da idade dela, que é a tua idade.
Ana era tão grande que, nas aulas, tinha que ficar sentada na fila de trás da sala, para não estorvar os colegas que queriam ver o que a professora escrevia no quadro
Tão comprida que não podia jogar às escondidas, nem às caçadinhas, pois nunca conseguia esconder-se sem que uma parte do seu corpo ficasse demasiado visível, nem lhe custava nada agarrar os outros meninos, quando estes tentavam fugir-lhe, visto que lhe bastava dar um passo e esticar o braço para que qualquer um ficasse ao seu alcance.
Na verdade, Ana Grande não só não podia brincar com os amigos da escola, como também se transformou em objecto de maldade dos outros meninos, que corriam à sua volta, gozando-a.
Na escola os meninos apontavam-na de cada vez que alguém fazia uma asneira.
E se a professora, de castigo, lhe marcava mais trabalho de casa, os colegas ainda se juntavam à sua volta para gritarem: “Bem feita!”
Nessas ocasiões, Ana Grande sentia-se triste, confusa e envergonhada. Chorava com a cabeça encostada aos joelhos…
3º Ano
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